sábado, 19 de abril de 2014

SUZANA

Lembro Suzana,
Que tocava piano nas tardes
E tinha um olhar inocente
E tão cheio de ânsia e querer.

Tinha o sol morno,
Que transpunha as janelas de vidro,
Rebrilhava no piso da sala,
E Suzana, embevecida, tocava.

Tinha o namoro,
E Suzana abraçava seu moço
E falava de tantos anseios,
Misturando projeto e quimera.

Tinha a noitinha,
E Suzana se enchia de estrelas,
Invocava lirismos noturnos
E dormia na paz dos arcanjos.

Voaram os anos,
E Suzana ficou no passado,
É figura desbotada na mente,
Poesia perdida no tempo.

Barão da Mata

2 comentários:

  1. Lindo poema, traços e imagens se repetem em minha mente como ondas que vão e vem em um imenso oceano, e sinto na sua poesia que o passado pode ainda ser belo e doce de se reviver.

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  2. Muito obrigado, meu amigo! Fico lisonjeado com o seu comentário. Seus textos são também de uma beleza pouco comum. Grande abraço!

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