quarta-feira, 23 de abril de 2014

Os tantos meninos poetas


A espada é erguida
em alguns pontos do planeta.
Logo em seguida
derrama-se a tinta
da lança chamada caneta.

Os tantos meninos poetas
(18/7/13)

E cá voltou de outra época longínqua,
O apoucado moleque descalço.
Veio de um cataclísmico berço esplêndido,
Nos revides eternos do vil encalço.

Retorna a salvo, mas a mente vazia de ideias,
Na bagagem traz a insatisfação.
Menino louco de pessimismo confuso,
E demasiadamente obtuso coração.

Viu a total desgraça de uma raça,
Viu veemência e no caráter a falência.
Lutou com moços na frente de batalha,
Ofuscou-se com o brilho da navalha da realeza.

Do futuro o menino prodígio poeta,
Com bolsos cheios de gritos de guerra.

Suas bandeiras: cantigas de amor e saudade...
São suas trincheiras contra o algoz da realidade.

André Anlub®

Um comentário:

  1. André, queria ter mais tempo para aqui aportar e ficar lendo e relendo os poemas e contos fantásticos que tenho encontrado por aqui. Quanta gente boa a andar escrevendo neste imenso UNIVERSO. Parabéns, você que é também um grande menino poeta!
    Parabéns!!!

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