sábado, 21 de junho de 2014

Gatilhos errantes

Já vai à guerra fazer o que é preciso,
Com esse brioso dom, com esse sétimo sentido,
Breve e incrivelmente leve em tal comunhão;
A sua mente, o grito grato expondo a dor
E o corpo frio que levantam do chão.

A lua untuosa ilumina o caminho,
Pés calçados na chinela velha de um guerreiro nato,
Na mão empunha a espada ao alto 
E a outra que quase esmaga
Um garrafão de vinho barato.

Hilário no seu imaginário
Com muito peixe – com muito lago
Sem vil aquário...

É pescador e nômade,
É gigante navegador,
Senhor de diamantes
Das ricas pedras sem esse valor.

Emblemática a fábula dos seres pensantes,
(no oitavo sentido)...
Bichos do mato abraçados ao calor do amor;
Flutuam como pássaros em palácios de sonhos (passam batido)
Esquivam-se dos ínvidos gatilhos errantes.

André Anlub®
(16/6/14)

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Cada gesto


Cada gesto

Em cada gesto um beijos
Em cada beijo o amor
Em cada abraço um carinho 
Em cada carinho o amor
Em cada passo a saudade
Em cada saudade o amor
Em cada poesia a rima
Em cada rima o amor
Em cada palavra a letra
em cada letra o amor
Em cada pensamento
A lembrança
Que eu só sei fala de amor

(Leda AO Franco)18/05/2014 .

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Quebradas as certezas

Quebradas as certezas

Restarão os absurdos
quando se partirem
minhas santas certezas

Abraçarei-me sozinho
embriagado de vinho
barato tinto de mesa
com manufaturados salgadinhos 
flavorizados com anilinas

Contarei tristes histórias
sobre verdades divinas
verei idiotas memórias 
num desfile de vento

meus dias não terão horas
e sequer um intento.

Wasil Sacharuk

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Aos novos namoradeiros e os de tempos idos


Dos Fetiches
(4/4/12)

E foi assim:
- Posso passar as manhãs de domingo com você?
Faço a massa de pão com alho que você adora;
Faço suco de acerola da nossa árvore do quintal.

- Pensei em assistirmos aquele filme do cachorro...
Aquele que você sempre chora!
Confesso que em mim desce a lágrima no final. 

Podemos, após o filme,
Nos beijarmos em ventania...
Mas amor faremos serenamente,
Orquestrando nova sinfonia
Na varanda sob a lua crescente.

Em seguida tomaremos um delirante banho quente,
Quiçá na Jacuzzi,
Com aromatizantes e ervas calmantes
E “Only time” da Enya - fundo musical...

Agora apenas a luz de velas...
Podemos novamente fazer amor,
Com mais paixão.

As espumas na água formam desenhos;
A luz do ambiente compõe,
De forma majestosa, o cenário.

E as mãos, e as mãos? Outra hora!
E é assim:

Quando tudo acabar poderemos prosear...
Perguntarei o seu nome
E seus gostos e preferências;

Perguntarei se hoje fui o seu homem...
As suas andanças,
Sua profissão e reticências.

E por fim, nos dedos vazios...
Colocaremos novamente as alianças.


Falando de amor:
A dança da chuva funciona
Se todos os dias a dançarem,
Amarro-me ao relento
Com a corda mais sensata que houver...

Deixo-me molhar!
(nó cego, impossível desatar).

Nenhum amor é inútil
Absolutamente o contrário
Achado ou perdido o amor é tesouro,
Extravasa por lendas e mitos
Pois é água-viva no mar morto.

André Anlub®

quarta-feira, 11 de junho de 2014

DIA DOS NAMORADOS

Dia dos Namorados: hoje então
Beijarei com a sanha dos sedentos
Amarei num fervor de ser selvagem,
Gozarei num sentir assim lunático
De o verbo não ter como revelar.

Me darei como nada mais houvera,
Co'a ternura dos entes sacrossantos,
Co'a doçura dos ventos mais suaves
E a ternura dos mais belos madrigais.

Me farei quixotesco, devotado
Como herói que se agarra a causa nobre,
Vou ser canto, poesia, céu, pureza,
Vou viver neste dia só de amor.

Barão da Mata

domingo, 8 de junho de 2014

Crops Celestiais V


Crops Celestiais V

Cristo caminhava calmamente centro cidade Central, capital continente chamado Carnaval, cuja comandante confere com criatura com cabelos curiosos, cujo corpinho circular comporta conjuntinho cor caqui. Cristo cismado com causos corridos continente Carnaval. Cismado com comentários cafajestes com criatura cretina, chamado Contentiano, chefe Catedral Compre Cristo Com Cartão Crédito, cujos cultos conduzidos comprometem com credibilidade cristianismo; correligionário comprometido com coligação cristã; comandante Comissão CDHM. 

Com comentários cínicos, Contentiano certificou cantor Caetano, com cinzentos cabelos crespos, compartilhar círculos com Capeta. Comentou com cizania como criaturas cor cravo canela, com cabelos crespos, com contornos circulares conhecidos como carapinha, consistem criaturas condenadas como Canaã. Contentiano considera criaturas cor cravo canela como causa condições catastróficas. Contudo cristão Contentiano carece condicionar cabelos com carapinha com calor criado com chapinha. Conforme coloca chapinha, criatura consegue crer conter cor caucasiana. Criatura cheia conceitos conformados com crenças cretinas cujo cu caiu com cara chão.

Cristo conversou com consciência, certo carência chamar Contentiano conversar como criaturas comuns, cagar cabeça cretina com cucurutos, cutucar consciência, comandar criatura catar coquinhos chão canteiros colorados cujo calor cruel, companheiro Capeta comanda.

Cristo comandou chofer conduzir carro chegando casa Contentiano. Conforme chegou, Contentiano conversou com cortesia:

"Caro Cristo, continuo como criado cristianismo, como cristão convicto, como criatura com comportamento condizente com Cartas Cristas. Como comemorar comparecimento Cristo casa cidadão comum, comprometido com compartilhamento coisas constante Cartas Cristas? Caro Cristo, Contentiano contente com comparecimento Cristo. 

Cristo comparecerá comigo culto cristão? Conseguiremos centenas colaborações com criaturas crentes. Consideraremos colaborações com cheque, cartão crédito, cofre com chave, capital consolidado, carros, casas, cédulas cambiais, capitalização, crédito consignado, caraca... conseguiremos consolidar cu criatura crente! Carece Cristo comparecer comigo. 

Colocaremos criaturas coloridas cela com cadeado. Contentiano cospe cara criaturas coloridas. Coloridos consistem como criminosos, corruptores círculos consanguíneos. 

Caro Cristo, como criaturas coloridas conseguem contorcer cobras, cacete com cacete, como criaturas com Capeta consumindo cabeça corrupta? Como conseguem colocar cu coçando cu? Como criaturas conseguem colocar chavasca contra chavasca? Concorda, Cristo? Como criaturas conseguem chupar coisas cabeludas? Crimes contra consciência cristã!

Colocar cacete centro cu confere com coisa considerada comum, contudo, contraria criação crianças, contrariando continuidade criaturas. Criaturas carecem considerar colocar cacete centro chavasca. Conforme caldo cair, criará criança cristã. Copiou?

Cristo concorda comer castanhas com champanhe? Colocarei conta custeada com cofres Casa Civil. Comportamento considerado comum com confederados."

Cristo, com cara chão, conversou:

"Caraca, Contentiano, careces conhecer charmosa criatura chamada Capeta, conhecido carinhosamente como Cramulhano. Contentiano com Cramulhano compartilham conceitos comuns."

Cristo chamou Cramulhano celular:

"Caro companheiro, careço comandar criatura Contentiano, cachorro cretino com chapinha, comparecer Casa Capeta, como consta cláusula cinco contrato convênio Casa Celestial com Casa Capeta. Caso caro Cramulhano considerar cabível, cabe cravar chifre centro cu criatura calhorda."

Wasil Sacharuk

mais de Wasil Sacharuk em www.wasilsacharuk.com 

POEMA BANDIDO II

Abaixo as instituições!
Abaixo o sentimento de pátria e viva a nação brotada do amor, união e
[solidariedade entre as criaturas!
Que a família nasça dos laços de afeto a unir as pessoas,
Não mais das convenções e da falsa moral social.



Abaixo a autoridade, fonte purulenta e inesgotável de cinismo e
[torpeza a alimentar a corrupção,
Germe abjeto que infecta o Estado e faz deste Estado um verdadeiro
[ tumor estatal!
Viva Deus sem a hipocrisia sórdida e a falsa bondade dos religiosos!

Que Deus não seja mais instituição, mas crença.
Que a pátria não seja mais pátria, mas nação.
Que nunca mais as convenções e sim a ternura mantenha as pessoas
[sob tetos comuns.



Barão da Mata

terça-feira, 3 de junho de 2014

segunda-feira, 2 de junho de 2014

É você.... só você

Você me fez sentir
o gosto gostoso de um beijo
E me deu o prazer de beijar
ensinou o valor do abraço
E me abraçou com calor
Você deu colorido a minha vida
Me deu o prazer de viver
E na sua ausência aprendi
Que o amor apesar da distancia
não fica menor
Mas é a sua presença que faz
Este amor cada vez maior.

(Leda AO Franco) 02/06/2014

No teatro da vida*

(04/04/13)

Um brinde à paixão aventureira,
Abrindo o melhor champanhe.

Se banhe na fonte da juventude,
Faça dessa quietude a voz guerreira.

Mais ameno, segue firme, segue o tempo
E ao vento dissiparam-se as nuvens.

Bem ao longe, as colinas – ornamentos
E o verde um alento – é perfume.

A natureza é o presente de união
Da unção do momento com o desejo,
Que o beijo assina embaixo – dá o laço;
Encare o passo pois o tempo é contramão.

Amanheceu e a paixão já fez a cama,
Tomou café, leu jornal e foi-se embora;
E em outra hora, de repente, talvez volte;
Pois no agora, fecha a cena – encerra o drama.

André Anlub®

*(poema declamado pelo amigo poeta Fabio Kerouac no 28° Salão Internacional 
do Livro e da Imprensa em Genebra/Suíça - 3/5/14.)

domingo, 1 de junho de 2014

AO MEU PEITO

Grita, alma,
canta alguma coisa;
peito, acorda,
nunca mais tu adormeças,
nunca mais tu permaneças
na preguiça do sossego
d’alma quieta e vazia
das pessoas incolores
que transitam pelas ruas,
que vegetam pela vida.

Peito, balança,
trepida, apaixonado,
rebenta, ebulindo,
com paixões da adolescência,
com loucuras e azáfamas,
com entregas quixotescas.

Peito, arde
com o fogo adolescente
da primeira entre as orgias,
da primeira entre as volúpias.

Alma, canta
a mais serena das cantigas,
mais suave dos amores,
os mais brancos dentre os sonhos,
as mais alvas fantasias.

Coração, acorda,
pulsa feito aos vinte anos,
bate no frenético delírio
dos amantes romanescos.

Corpo, luta
pela mais tola das causas,
mais utópico motivo
e o direito de voar.
Corpo, luta,
pra mostrar que em ti há sangue,
pra mostrar que em ti há vísceras,
pra mostrar que em ti há vida.


Barão da Mata