Dia dos Namorados: hoje então
Beijarei com a sanha dos sedentos
Amarei num fervor de ser selvagem,
Gozarei num sentir assim lunático
De o verbo não ter como revelar.
Me darei como nada mais houvera,
Co'a ternura dos entes sacrossantos,
Co'a doçura dos ventos mais suaves
E a ternura dos mais belos madrigais.
Me farei quixotesco, devotado
Como herói que se agarra a causa nobre,
Vou ser canto, poesia, céu, pureza,
Vou viver neste dia só de amor.
Barão da Mata
Já que somos poetas marginais por não termos ainda projeção, resolvemos então sê-los totalmente, no poema, conto, crônica e todo o mais. Ah, marginalidade inglória! Por que nos marcais tão cruelmente? Ai, caramba, que dramático! Quem vier, verá que não merecemos esta pecha que nos dão(emos). Nós brilhamos e talento não nos falta. Estamos à margem da Literatura e a ela integrados por inteiro. Já que nos faltam os mecenas, que hoje só promovem o ridículo, vamos à luta com nosso talento!
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