Whisky na sala
Tu que assopras assim
bafo frio em minhas barbas
e falas aquilo que exalas
Tu fazes rodamoinhos
nos meus pensamentos
nas minhas rimas de vento
e não deixas o meu poema
morrer sozinho
em lamentos
Tu que assopras em mim
teu verso em rebento
me esperas com whisky na sala
Escreveremos um movimento
dó sustenido em uníssono
que não cala
renitente como sinos
e provocante
como o discernimento
A ti eu queria
sem constrangimento
deixar uns versos pequeninos
que sirvam de monumento
da minha redenção à poesia
no nosso universo perto e distante.
Wasil Sacharuk
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