sábado, 19 de abril de 2014

Whisky na sala



Whisky na sala

Tu que assopras assim
bafo frio em minhas barbas
e falas aquilo que exalas

Tu fazes rodamoinhos
nos meus pensamentos
nas minhas rimas de vento
e não deixas o meu poema
morrer sozinho
em lamentos

Tu que assopras em mim
teu verso em rebento
me esperas com whisky na sala

Escreveremos um movimento
dó sustenido em uníssono
que não cala
renitente como sinos
e provocante
como o discernimento

A ti eu queria
sem constrangimento
deixar uns versos pequeninos
que sirvam de monumento
da minha redenção à poesia
no nosso universo perto e distante.

Wasil Sacharuk

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