segunda-feira, 21 de abril de 2014

O Amanhã que Grita


O Amanhã que grita.

Fechando e abrindo os olhos pálidos para um adeus tardio.
Cercada pela lua de mercúrio acorrentada em seu tornozelos.
Sobre a proa queima seus ossos como estrelas que nascem.
Abrindo as cortinas da escuridão atrás de um novo amanhã,
Quando apenas podemos ver restos dos fantasmas que descansam,
Quando apenas podemos observar verdadeiro heróis
através dos olhos da miséria e da desolação,
Repousam sobre as brumas e são submersos pelas ondas.

Com a sua mão estendida abanando para ao amanhã que grita.
E o teu ouvido triste ressonante e lamentável
ouve esta canção tonitruante,
E as paredes noturnas tortuosas caem nos vales,
soando distante como as nuvens.
E lá cada lágrima irrompe pela garganta
através das manhãs que choram.

Bem, não é preciso muito para chegar a algum lugar,
Não é preciso um mar ou uma lua para ser banhado,
 Ou lábio macio e doce dizendo é hora de partir.
Não, há porque conter suas lágrimas ou risos,
A única parede a despir e da sua própria casa.
Preocupando em nascer em si próprio,
Mais do que morrer em seu limite.

Eu conheço a oração do bardo louco perdido na tempestade.
E mesmo que atravesse esse continente ele não me ouvirá,
E mesmo que eu traga o meu soldado de botas flutuantes não serei atendido.
Ainda tendo a minha oração ardente queimado no caminho do esquecimento.
E um copo de vinho e sangue se misturam,
Há corpo em chamas em cada grão de areia derramados sob o luar,
e um beijo breve, sedento e dócil em cada esquina.
Há ainda um caminho no meio das águas turvas do oceano
ou na escuridão profunda de cada cela?
Para cada alma em declínio ou para cada amante em silêncio secreto. 
Para as nossas almas torturadas liberta-se, a procura da salvação.

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