Na madeira já carunchada
pontos negros fazem os desenhos
circulares, de vindas e idas
caricaturas num horizonte imenso
vidas que passam lado a lado
roçar de destinos idênticos
trilhas de pedras, o azul do lago
perpetuando o quadro, um Picasso
sem cores intensas
nas tábuas corridas
pés que andam descalços
lutam por cada passada
emoção que vale nem um centavo
e eu observo cada instante
letras por letras que não dizem nada
capto a existência em cada semblante
imóvel à beira da estrada.
Dhenova
29/3/2014
Pois sim, não importam como estejam os estados das pontes. O que importa mesmo são as pessoas que elas são capazes de conduzir de um lado a outro de suas querências. Lindo poema. Divulgando por outros becos...
ResponderExcluirAbraços e lindo fim de semana!!!
Grata demais, Malu!!!
ExcluirBeijão de bom final de semana
Andréa, estou levando este poema para postar na Academia Virtual de Escritores Clandestinos (facebook). Abraços
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