Já que somos poetas marginais por não termos ainda projeção, resolvemos então sê-los totalmente, no poema, conto, crônica e todo o mais. Ah, marginalidade inglória! Por que nos marcais tão cruelmente? Ai, caramba, que dramático! Quem vier, verá que não merecemos esta pecha que nos dão(emos). Nós brilhamos e talento não nos falta. Estamos à margem da Literatura e a ela integrados por inteiro. Já que nos faltam os mecenas, que hoje só promovem o ridículo, vamos à luta com nosso talento!
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Animal do bem e o tal
Animal do bem e o tal
(André Anlub - 28/05/13)
São animais indiscretos e contemplativos,
Na mansidão imaginária e cada vez mais.
No hipotético paraíso na zona de conforto
Vão chegando, vão vivendo outros desafios,
Pés que não cansam de andar fora dos trilhos.
Vê-se os trilhos do bonde
No pé das frutas do conde,
No entorno do misto dos milhos
Com as doces e tortas espigas
Do conde de monte cristo.
Na ré do trépido bonde,
Tudo trepida e o vinho vai longe...
Entorna, esguicha e mancha
A roupa de linho da moça
Que o pranto fez poça (a olhos vistos).
São animais de cegos charmes
E quase sempre atrapalhados,
Na obsessão que alguém os agarre
Salvando-os do fortuito afogamento
Dos salgados e amargos mares.
São animais como nós,
Com nós nas vis ventas;
Que inventam o ar atroz
Logo após se lamentam.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário